domingo, 28 de dezembro de 2008

dor nas costas

a gente somos inútil
o sexo é útil para perpetuar a inutilidade da vida
mas para fazer tudo inutil a gente usa preservativo

"They tried to make me go to rehab...

But I said 'no, no, no'".

Isto porque certa medida de melancolia me permite escrever sobre aquilo que nunca vai embora. Necessária, dela não abrirei mão.

Se o mundo me anestesia, posso fingir acreditar e sorrir de olhos fechados. Mas essa coisa é crônica por natureza, transmuta (ou não) e persiste. Impossível de ignorar. Então, minha catarse é escrever.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

até quando aguenta?

estão preenchendo o ursinho com muito algodão. quase não cabe mais. insistem em colocar mais. enfiam, apertam, empurram. ta começando a rasgar já. ta tudo deformado. talvez não aguente, o ursinho.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tresloucada Correria

Tempo que confunde, atropela, controla, direciona e "transforma nossa vida em quadradinhos". E ainda esquece, abandona, afasta, perde, reencontra, surpreende e até cura (ou não). Tempo que envelhece, desgasta, madura, se arranja, pressiona, urge!
Tempo que nasce, tempo que morre.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

a noite

o que tem a noite? a noite tem a utopia. de noite ouço latidos que ecoam nas ruas vazias. ouço os apitos dos guardiões da noite. sim, porque a noite também é da morte. as articulações se movem mais lentamente a noite. pouco movimento. existe tempo sem movimento? a violência do dia deixa marcas na noite. amo a noite como amo o silêncio. o inalcançável silêncio que meu coração persegue. só é possível amar o inalcançável. a noite impede que as pessoas continuem estragando o dia. vidas obscurecidas pelo dia. fecho os olhos e sinto a brisa noturna do mar. o mar dá à luz a noite. porque é silêncio. pura ilusão. quando é noite também é dia.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

.:re-presente:.

"So here I go still scratching around the same old hole
My body feels young but my mind is very old..."

Porque é música.poesia.vício.troca simbólica.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

obscuro

não sei. alguém chora sem pausa. lágrimas, olhos vermelhos, ruído, volume. é a parte concreta do complexo. o choro não cessa. está em algum lugar. alguém chora sem pausa em algum lugar. alguém se importa. alguém procura. ouve o choro, corre em direção. Mas que direção? O volume não aumenta conforme corre. Indício de que não está se aproximando. o volume não abaixa conforme corre, indício de que não se distancia. é angustiante. onde está? sobe a montanha mais alta. desce o oceano mais profundo. cadê? esse choro é familiar. angústia crescente. vocês estão ouvindo? as pessoas não ouvem. ninguém ouve. só alguém que sente o desespero. alguém que não encontra e não consegue entender porque tanta angústia. ruído insuportável. desespero. meu deus, alguém precisa de ajuda! quem chora? é alguém.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

racionalmente emocional

uma foto inspira uma música.

emocionalmente racional

o olhar sobre a foto depende da música de fundo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

mente mente

mentem os poetas. Infância? mais que nada. Tá tudo aí, agora.
mente dos poetas. Amor? que nada. Só não tem ninguém aí, agora.
mentem aos poetas. Melancolia? nada. Só não tem nada aí, agora.

espelho, espelho meu

ideal?
...
monstro?
...
mãe?
...

desato a chorar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ser
estar
sendo
ser só estar
estar só sendo
sendo só ser

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

um pouco sem inspiração

de vez em quando não vem palavras na cabeça.
consciência do vazio e vazio da consciência.

vazio é o que mesmo?
2 xícaras de angústia.

Auto-biografia aos 20 e metade (5) anos

Nasci.
Vivi.
Perguntei.

Não-fim.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Auto-biografia aos 20 e poucos anos

Nasci.
Vivi.
E continuo aqui.

Não-fim.

(sua vez, pequeno... ;) rs)

sábado, 8 de novembro de 2008

[Insano]

Longe é ruim. Perto é bom.
Mas perto-longe é uma merda.
E longe-perto dói demais.

Tudo isso junto é incompreensível.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

silêncio

inspira grilo grilo expira grilo grilo inspira grilo grilo grilo expira...
tec tec inspira tec grilo expira tec tec inspira tec grilo tec tec expira grilo tec tec grilo inspira...
griloinspira grilo expgriloira inspira exgrilopira inspiragrilo...
carro passandoinspira grilo grilo expiragrilo vozes na ruainspiragrilo expiragriloinspira aviãogriloexpira...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Bum.

Sobra boca, mas faltam ouvidos.
Alguém já explodiu por sentir tanta coisa ao mesmo tempo?
(e não conseguir definir nenhuma delas...)

Se eu fosse uma cigarra começava a cantar nesse exato momento.
Não importa se é mito... Às vezes faz sentido.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Catártico 2

Poema para Ari, pela Ari, por causa de Ari

impossível se fechar em palavras

meia-palavra pelo menos comunica

a angústia da impossibilidade da expressão completa

nossa crônica crise existencial...

Catártico.

Porque poesia é assim.
A gente escreve sentindo. Meia-palavra que diz tudo.

Quase telepático.

The District Sleeps Alone Tonight

Love is a "smeared black ink"

dju diz:
me ama?
nicole akemi serra satudi diz:
talvez
dju diz:
talvez é bom
nicole akemi serra satudi diz:
sera?
dju diz:
talvez é ruim

Pura poesia pura

Como se constrói um caderno de poesia na "pós-modernidade":

Jan diz:
ahahahaha
Jan diz:
vê se vc recebeu um convite
dju diz:
ta vendo!
dju diz:
siiiiiim
Jan diz:
aÊeeeee
dju diz:
socorro jan, to perdido
Jan diz:
eu "concedi privilégios de administrador" pra você
Jan diz:
hahahaha
Jan diz:
calma respira
dju diz:
ta!
Jan diz:
lá em cima tem 3 abinhas
dju diz:
certo
Jan diz:
"postagem", "configurações" e "layout"
Jan diz:
a que a gente vai usar mais é "postagem"
Jan diz:
clica lá, que já abre o lugar de escrever
Jan diz:
escreve alguma coisa e posta
dju diz:
jan, mas eu preciso de inspiração!!!!! preciso de música
Jan diz:
ah, eu postei um "teste", depois eu apago
dju diz:
vou ouvir o que? the postal service!
Jan diz:
eu não conheço isso! eu gosto disso??