O insight acontece sem ensaio e as palavras arranham a experiência sem a pretensão de abarcá-la completamente. A epifania não anuncia sua chegada e invade sem piedade, tudo desse jeito assim sem lógica.
A verdade sem censura dói e, por isso, é encantadora.
Enlouqueçamos.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Conselhos de Polônio
"Ainda aqui, Laertes! Já devia estar no navio, que diabo!
O vento já sopra na proa de teu barco;
Só esperam por ti. Vai, com a minha bênção, vai!
(Põe a mão na cabeça de Laertes.)
E trata de guardar estes poucos preceitos:
Não dá voz ao que pensares, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Sejas amistoso, sim, jamais vulgar.
Os amigos que tenhas, já postos à prova,
Prende-os na tua alma com grampos de aço;
Mas não caleja a mão festejando qualquer galinho implume
Mal saído do ovo.
Procura não entrar em nenhuma briga;
Mas, entrando, encurrala o medo no inimigo,
Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos.
Acolhe a opinião de todos – mas você decide.
Usa roupas tão caras quanto tua bolsa permitir,
Mas nada de extravagâncias – ricas, mas não pomposas.
O hábito revela o homem,
E, na França, as pessoas de poder ou posição
Se mostram distintas e generosas pelas roupas que vestem.
Não empreste nem peça emprestado:
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro;
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo.
Jamais serás falso pra ninguém
Adeus. Que minha bênção faça estes conselhos frutificarem em ti."
(Hamlet; Shakespeare traduzido por Millôr Fernandes)
O vento já sopra na proa de teu barco;
Só esperam por ti. Vai, com a minha bênção, vai!
(Põe a mão na cabeça de Laertes.)
E trata de guardar estes poucos preceitos:
Não dá voz ao que pensares, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Sejas amistoso, sim, jamais vulgar.
Os amigos que tenhas, já postos à prova,
Prende-os na tua alma com grampos de aço;
Mas não caleja a mão festejando qualquer galinho implume
Mal saído do ovo.
Procura não entrar em nenhuma briga;
Mas, entrando, encurrala o medo no inimigo,
Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos.
Acolhe a opinião de todos – mas você decide.
Usa roupas tão caras quanto tua bolsa permitir,
Mas nada de extravagâncias – ricas, mas não pomposas.
O hábito revela o homem,
E, na França, as pessoas de poder ou posição
Se mostram distintas e generosas pelas roupas que vestem.
Não empreste nem peça emprestado:
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro;
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo.
Jamais serás falso pra ninguém
Adeus. Que minha bênção faça estes conselhos frutificarem em ti."
(Hamlet; Shakespeare traduzido por Millôr Fernandes)
terça-feira, 30 de setembro de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
toc
toc ploc
toc ploc
toc ploc
...
quem bate?
é o caminhar ostensivo e inseguro de quem não sabe sustentar o próprio peso.
toc ploc
toc ploc
...
quem bate?
é o caminhar ostensivo e inseguro de quem não sabe sustentar o próprio peso.
quinta-feira, 6 de março de 2014
aperto
hoje eu senti um cheiro
que lembrou minha infância
deu um aperto...
hoje eu vi um livro
que lembrou minha infância
deu um aperto...
hoje eu escutei uma música
que lembrou minha infância
deu um aperto...
Acho que esse aperto é o meu corpo, hoje grande, tentando se espremer todo, encolher.
Tentando ficar do tamanho que eu era.
que lembrou minha infância
deu um aperto...
hoje eu vi um livro
que lembrou minha infância
deu um aperto...
hoje eu escutei uma música
que lembrou minha infância
deu um aperto...
Acho que esse aperto é o meu corpo, hoje grande, tentando se espremer todo, encolher.
Tentando ficar do tamanho que eu era.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
nudez
de frente para o espelho, insisto
troco infinitas vezes
entre cada troca, eu
eu e o espelho
instantes de angústia
experimento outra rapidamente
nunca parece bom
troco infinitas vezes
não gosto do que vejo
quando olho no espelho.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Quando a saudade é nostalgia,
os olhos umedecem com um arrepio que percorre as narinas,
o coração se faz audível
e uma foto deixa de ser apenas uma imagem e passa a ser uma experiência térmica e olfativa.
o coração se faz audível
e uma foto deixa de ser apenas uma imagem e passa a ser uma experiência térmica e olfativa.
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