quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Caeiro
2
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Desarrumaram o meu mundo.

Daí que eu consigo arrumar, organizar, classificar e etiquetar qualquer coisa,
menos o meu mundo.

(por mais que eu tente)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

universal

we are all here to die
so let me cry
and don't ask me why

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Noite?

Blackbird
Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night
Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise

terça-feira, 2 de agosto de 2011