domingo, 13 de dezembro de 2009

Minha caverna.

Pequena. Cheia de coisas.

Minhas palavras, minhas lembranças, minhas conquistas, meus segredos, meus cheiros, meus convites, meus suspiros.

Minha chave do lado de dentro.

Ilha. Até quando?

domingo, 29 de novembro de 2009

"Eu estou no meu limite."

Tomo a frase para mim - eu tenho mais direito.

Nunca a vontade de machucar foi tão grande.
Quebrar, destruir.
Gritar na tentativa de silenciar a loucura alheia.

Não consigo me mexer, e minha garganta dói.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

cachorro

não vá fazer besteira
cachorro que cheira
cada pé que acha
procurando quem o queira
(alice ruiz)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

sim ou não?

"não sei", "talvez", "quem sabe", "pode ser", "vai saber", "pode ser que sim", "pode ser que não", "sei lá", "ah é? hum...", "ou não", "será?", "não tenho certeza", "eu acho que sim", "eu acho que não", "só Deus sabe", "tô em dúvida", "vai saber...", "é possível", "não é impossível", "ce acha?".
Quer saber? Tanto faz...

sábado, 17 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ahn?

Às vezes eu queria sentir o que eu penso.
E não pensar o que eu sinto.
Mas só às vezes...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

eu

Procuro nas coisas vagas
Ciêêêênciaa
Eu movo dezenas de músculos
Para sorrir...

(num rítmo de samba descontraído: Marisa Monte)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

pensamento pós aula

A perda de algo ou alguém muito especial - e é evidente em relacionamentos amorosos - não é apenas o rompimento com um passado que se mantém na importância do presente. É também a perda de um futuro que no presente existia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quanto custa o direito de chorar?

Aquela velha conhecida tristeza tomando conta outra vez.

E o chuveiro me empresta lágrimas, pois eu mesma sou incapaz de produzí-las.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

bergson

"É que a vida bem viva não deveria repetir-se. Quando há repetição, similitude completa, suspeitamos do mecanismo a funcionar por trás do que está vivo."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

a sensação mais destrutiva do mundo

o prato quebrado no chão.
e eu sou o prato.

poesia concreta?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

alguma coisa... eu quero uma pra viver...

Pois aquele garotinho que queria mudar o mundo, agora observa tudo sentadinho, sozinho, em cima do muro.
As perninhas naquele movimento pendular característico, sempre voltando a esbarrar na parede.
Uma brincadeira, quase inconsciente, de distração.
Comendo uma banana, com a lancheira azul aberta, do ladinho. Nela ainda tem leite e um pão com maionese.

sábado, 8 de agosto de 2009

c'est trop bizarre

convites
conversas
sorrisos

...

sorrisos
abraço
conselho

registro

*suspiro*

quinta-feira, 23 de julho de 2009

reportagem sobre medo

repórter: você tem medo de alguma coisa?
menininho 1: sim. de filme de terror
repórter: por quê?
menininho 1: eu assisto e quando durmo tenho pesadelos...
repórter: e você, tem medo de algo?
menininho 2: de árvore de natal.
repórter: por quê?
menininho 2: parece um monstro grande com uma estrela no cabelo.

sábado, 11 de julho de 2009

Pedacinho de mim.

Prova de existência,
nem que seja só um pedacinho.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

alô

alô.


alô.


aalô.

aaalô.


alô?


alôu.

alôou?
aaalô!
aaaalôôôôuuu!?


alô.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

evaporar

é... pensando bem... sim. Deus é uma ótima solução... para aquele sofrer mais íntimo, que muitas vezes uma canção triste acompanha enquanto a cabeça se perde num canto do quarto. Para aquele sofrer que, por mais expresso, só se sente só. Quando, de repente, se pega numa rotina dolorosa e o que resta é atravessá-la em silêncio. E só. Entre auto-compaixão e espasmos de coragem. Por vezes os olhos se enchem, mas nunca transbordam...

O rio fica lá, a água é que correu
Chega na maré, ele vira mar
Como se morrer fosse desaguar
Derramar no céu, seu purificar
Deixar pra trás sais e minerais
Evaporar (little joy)

terça-feira, 2 de junho de 2009

I now walk into the wild

tenho frio... é inverno. O preto e o branco. O cinza. O tempo e as coisas... menos movimentos.
Estamos aí meu senhor.
Na natureza selvagem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Let the seasons begin...

Me sinto um grande elefante abatido...

sábado, 23 de maio de 2009

Um pouquinho de objetividade.

"(...) Se o mundo ao redor se desfazia na incerteza, na ambiguidade, até ele sentia que se afogava naquela penumbra macia, não conseguia mais fazer florescer do vazio um pensamento distinto, um assomo de decisão, uma obstinação. Ficava mal: eram aqueles os momentos em que se sentia pior; por vezes, só às custas de um esforço extremo conseguia não dissolver-se. Aí, punha-se a contar: folhas, pedras, lanças, pinhas, o que lhe surgisse pela frente. Ou então colocava tudo em fila, arrumando em quadrados ou em pirâmides. Dedicar-se a essas ocupações exatas permitia-lhe vencer o mal-estar, absorver o desprazer, a inquietude e o marasmo, e retomar a lucidez e compostura habituais."

(Italo Calvino - O Cavaleiro Inexistente)

Às vezes cai como uma luva, coincidência ou não.

terça-feira, 12 de maio de 2009

o velho e o moço

A diferença que os anos provocam é... assim... uma casca de ovo. É muito mais sensível e frágil do que se pensa... e ainda assim... faz toda a diferença...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Auto-estima.

Existe droga mais tóxica?
Substância causadora de dependência letal. Produto raro no dias de hoje - contemporaneidade que esfrega na sua cara tudo aquilo que você não tem.

Percebo-me rastejando por duas míseras gotas.
Sem sucesso.
A boca seca. Vazia. Sedenta. Sonhadora. Frustrada.

Crise de abstinência fodida.

sábado, 18 de abril de 2009

dor

perder a mãe.
perder a perna.
cortar a mão.
amor aos pedaços.
a dor da saudade.
a dor de dente.
é tudo físico, não é mesmo?
não?
e quando a perna dói, dói a lembrança da mãe que cuida. e quando a mão sangra, onde está meu amor? aperta gentilmente suas mãos contra a minha e tudo alivia. hoje é só dor de dente... ontem era beijo anestesiante... hoje é dia de dor... dor física... ou não.

terça-feira, 31 de março de 2009

A Psicanálise e a Construção Civil

Hoje eu vi os encanamentos do futuro banheiro.
É como aquela animação do menino que virou do avesso.
Difícil não perder os órgãos pelo caminho...

Eu acho que eu parei. Parei pra segurar.

É proibido acovardar-se.
E aqui estou eu.

quarta-feira, 25 de março de 2009

S O C O R R O

O que você me pede eu não posso fazerAssim você me perde, eu perco vocêComo um barco perde o rumoComo uma árvore no outono perde a cor.O que você não pode, eu não vou te pedir.O que você não quer, eu não quero insistir.Diga a verdade, doa a quem doer.Doe sangue e me dê seu telefone.Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,Às vezes fica longe, impossível de encontrarMas, quando o Bourbon é bomToda noite é noite de luar.No táxi que me trouxe até aqui Willie Nelson me dava razão,As últimas do esporte, hora certa, crime e religião.Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.Toda vez que falta luz,Toda vez que algo nos faltaO invisível nos salta aos olhos,Um salto no escuro da piscina.O fogo ilumina muito por muito pouco tempoEm muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.Tudo um dia vira luz.Toda vez que falta luzO invisível nos salta aos olhos.Ontem à noite, eu conheci uma guriaJá era tarde, era quase dia.Era o princípio num precipício.Era o meu corpo que caía.Ontem à noite, a noite tava friaTudo queimava, mais nada aquecia.Ela apareceu, parecia tão sozinha.Parecia que era minha aquela solidão.Eu conheci uma guria que eu já conheciade outros carnavais com outras fantasiasEla apareceu, parecia tão sozinha.Parecia que era minha aquela solidão.

castelo de cartas

é assim mesmo que é.
eu construo, mas a(à) vontade, tudo acompanha. derrubar.
e cada vez menos forças para reconstruir.
e cada vez menos brilho.
e é sempre tão delicado.
e é sempre tão vivido.
um sopro basta.
prenúncio do princípio do precipício.
e respirar, de repente, se torna uma penosa tarefa.

quinta-feira, 19 de março de 2009

...

A angústia de não saber pra onde ir.

O desespero de se sentir abandonada.
E sem lugar.

O melhor abraço do mundo.
Desaparecer.

quinta-feira, 5 de março de 2009

agora

entre coisas, entre marcas, entre petrolina e juazeiro.
é efêmero e quando me dou conta é só constatação.
Tudo é perda.
Tudo é tralha onde paira a sombra de alguém que tenta ser entre coisas.
O tempo é seco. Nem alegre nem triste, sempre aguardando.
Escapa como vem.
Já se foi.
Dor de cabeça, garganta, corpo, tristeza confortante, onde você está?
Tentei chorar e não consegui.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Shhh...

Eu sinto o silêncio,
e ele diz tudo.

"O mundo é muito grande", como diria uma sábia amiga.

Ô se é.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

5 minutos

se a palavra foge eu corro atrás.
se ela me persegue eu me calo.
tantos medos inventados, tantos contos mal contados...
retorno infinito a lugar nenhum.
Ah...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma tatuagem?

Só se for gigantesca e cravada na pele bem lentamente.
Para que a dor seja sentida como se deve.

Viciada.
O que sou além de mera carne?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

frio

saio a andar na neve. frio. os olhos se enchem de lágrimas... é o frio... não tenho dúvidas.

sábado, 3 de janeiro de 2009

I wish...

Mais do mesmo?! Nope. Nem pensar.

Ready, Steady and...

Ninguém sabe o que virá.