quarta-feira, 25 de março de 2009
S O C O R R O
O que você me pede eu não posso fazerAssim você me perde, eu perco vocêComo um barco perde o rumoComo uma árvore no outono perde a cor.O que você não pode, eu não vou te pedir.O que você não quer, eu não quero insistir.Diga a verdade, doa a quem doer.Doe sangue e me dê seu telefone.Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,Às vezes fica longe, impossível de encontrarMas, quando o Bourbon é bomToda noite é noite de luar.No táxi que me trouxe até aqui Willie Nelson me dava razão,As últimas do esporte, hora certa, crime e religião.Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.Toda vez que falta luz,Toda vez que algo nos faltaO invisível nos salta aos olhos,Um salto no escuro da piscina.O fogo ilumina muito por muito pouco tempoEm muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.Tudo um dia vira luz.Toda vez que falta luzO invisível nos salta aos olhos.Ontem à noite, eu conheci uma guriaJá era tarde, era quase dia.Era o princípio num precipício.Era o meu corpo que caía.Ontem à noite, a noite tava friaTudo queimava, mais nada aquecia.Ela apareceu, parecia tão sozinha.Parecia que era minha aquela solidão.Eu conheci uma guria que eu já conheciade outros carnavais com outras fantasiasEla apareceu, parecia tão sozinha.Parecia que era minha aquela solidão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
A quem pediremos socorro?
Postar um comentário